Estudo australiano comprova que atividades matinais otimizam funções psicomotoras e executivas nos idosos
Imagine uma fórmula gratuita para ajudar o cérebro a trabalhar melhor no envelhecimento? De acordo com uma pesquisa publicada no British Journal of Sports Medicine, o Instituto Baker Heart and Diabetes Institute e a The University of Western Australia descobriram a receita: exercícios matinais.
O Brain Breaks, pesquisa realizada pelas duas instituições, descobriu que atividades físicas matinais de intensidade moderada fortalecem o desempenho cognitivo. Mais: quando somadas a outras breves caminhadas ao longo do dia, traz ainda enriquecimento da memória de curto prazo.
Para montar o estudo, os pesquisadores reuniram homens e mulheres entre 55 e 80 anos e os dividiram em três grupos. O primeiro grupo ficou sentado por uma hora, exercitou-se por 30 minutos e continuou sentado por seis horas e meia. O segundo grupo sentou-se por uma hora, exercitou-se por 30 minutos e depois levantou-se a cada 30 minutos para realizar caminhadas de 3 minutos, em um período total de oito horas. Já o terceiro grupo ficou sentado por oito horas.
Para ver a relação entre exercícios e função cerebral, foram realizados testes de desempenho cognitivo através de auferição dos níveis de Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), proteína que responde pela sobrevivência e também pelo crescimento neural de transmissores de informação. Entre os voluntários dos dois primeiros grupos, o resultado dos testes foi superior ao dos voluntários que não praticaram nenhum tipo de exercício. No segundo cenário (diversas caminhadas leves durante o dia), as respostas cognitivas tiveram ainda mais sucesso, com a BDNF sempre em níveis elevados.
Michael Wheeler, autor principal do estudo, disse em comunicado que a pesquisa mostrou alguns pontos bem interessantes, como mudanças relativamente simples na rotina podem trazer um benefício considerável para os idosos e que um dia poderemos fazer tipos específicos de exercícios para melhorar habilidades cognitivas específicas, como memória ou aprendizado.
O estudo mostrou ainda que, embora os resultados sejam entre pessoas de 55 a 80 anos, jovens adultos também devem se beneficiar da prática de exercícios matinais.
Para saber mais sobre o estudo, acesse: https://www.physiology.org/doi/pdf/10.1152/japplphysiol.00001.2019
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