Estudos comprovam que jogos, sejam os modernos videogames ou os tradicionais carteados, ajudam a combater e detectar doenças.
O cérebro se comporta como um músculo e, como qualquer músculo, deve ser exercitado. A tendência dos idosos de permaner em frente à televisão prejudica a cognição e memória, pois não há verdadeiros estímulos. Mas qual a melhor saída para auxiliar esse público a se manter com a mente ativa?
Alunos da Universidade Federal Fluminense parecem ter descoberto o segredo: jogos estimulantes que consegue melhorar a atenção e a memória na terceira idade. Mais: que auxiliam a equipe médica a identificar doenças mentais, alçando o software terapêutico a novos patamares.
Coordenado pela professora Débora Christina Muchaluat, a equipe desenvolveu dois jogos: MemoGing e Jogo do Stroop, ambos testados em pacientes do Hospital Universitário Antonio Pedro e idosos que vão ao Campo de Gragoatá, da UFF, e que não têm queixa de falta de memória.
O Stroop é um jogo que apresenta palavras em cores variadas para que o idoso diga qual cor que vê, não a palavra que está escrita. Já o MemoGing é um jogo de memória onde o paciente compara figuras geométricas que aparecem na tela do computador.
Os testes realizados pela equipe médica e alunos mostraram que quanto mais senioridade a pessoa tem, mais dificuldade apresenta em relação à memória, o que vai de frente com a literatura médica. A ideia é que a prática frequente jogando os videogames evite uma perda maior de memória com o decorrer do tempo.
O próximo passo dos cientistas é integrar aos jogos efeitos sensoriais, como calor, frio, água… Essa estimulação multimodal pode estimular mais do que visão e audição, mas outros sentidos que devem ser trabalhados de forma conjunta, trazendo uma série de benefícios e possibilitando a reconstrução das redes neuronais e, quem sabe, recuperar parte do que foi perdido no cérebro ao longo dos anos, restaurando conexões.
Gameficação em estudo
Outras instituições têm também apostado nos videogames para auxílio ao idoso. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, por exemplo, desenvolveram o jogo NeuroRacer, onde os players dirigem um carro em uma estrada sinuosa e devem ficar atentos aos sinais de trânsito que surgem. Foi observado nos testes que os participantes do estudo, com o tempo, melhoraram significamente a memória e atenção não só no jogo, mas também no dia a dia, além de terem suas taxas de depressão em queda.
Já cientistas da Universidade de Bourdeaux e do Instituto Europeu de Fisiologia conseguiram provar que o risco de demência e Alzheimer teve queda em idosos que praticavam jogos de tabuleiro comparados com os não-jogadores, além de diminuir ou manter a pressão arterial, reduzir estresse e manter a coordenação e destreza.
Jogar cartas também ajuda: pesquisa em Berkeley provou que jogos que utilizem a memória, visualização, sequenciamento e pensamento estratégico pode inclusive estimular o sistema imunológico.
Nada como evitar doenças de maneira divertida!
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