Redução familiar e envelhecimento populacional ajudam a explicar alta
O ritmo de envelhecimento da população está acelerado. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o país terá mais idosos do que crianças em 2050, e mais de um quarto da população (25,5%) terá mais de 65 anos em 2060. Assim, não vem como surpresa que a ocupação de cuidador de idosos foi a que mais cresceu no Brasil nos últimos anos.
O balanço, realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e baseado em dados de 2,6 mil profissões coletados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostrou que o número de cuidadores passou de 5.263 em 2007 para 34.051 em 2017, uma alta de grandiosos 547%. Vale ressaltar que os dados do MTE não levam em consideração trabalhadores informais, somente os com registro em carteira ou estatutários, o que, se incluídos, elevariam ainda mais essa porcentagem.
A razão para a alta demanda da profissão de cuidador é simples: a população, qualidade e expectativa de vida dos idosos aumentaram em nosso país.
Para a Prof. Esp. Luciane Lima, diretora da empresa Escolha Certa Cuidadores de Pessoas, era esperado que mesmo o desempenho ruim da economia nos últimos anos não fosse impactar o crescimento da área. “Mesmo com a economia enfraquecida, a ocupação de cuidador de pessoas cresce por dois grandes motivos: há cada vez mais idosos no país e serviço de saúde é um dos últimos a serem cortados em cenário de crise. As famílias tentam sacrificar outro tipo de consumo, mas mantem o cuidado com a saúde dos seus entes queridos.”
E a demanda por cuidadores de idosos tende a continuar crescendo cada vez mais. De acordo com projeções da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade), entre 2040 e 2050 o contingente de longevos do estado de São Paulo estará tão intenso, que sua participação mais que dobrará na comparação com 2010, ou seja, a taxa de idosos crescerá de 11,6% da população para 29,8%. O grupo de menores de 15 anos, por sua vez, terá sua participação reduzida de 21,5% para 14,0%.
A mudança de subgrupos de maior representatividade etária também trará demandas por novas políticas públicas, uma vez que uma sociedade que envelhece rapidamente tem necessidades bastante distintas das atuais. Portanto, haverá forte demanda de serviços públicos ao idoso, acompanhada de menor pressão para as demandas relacionadas à infância e à adolescência
O balanço da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo trouxe ainda, em segundo lugar, a profissão de professor de nível superior na educação infantil, que cresceu 398% entre 2007 e 2017 e, em terceiro lugar, a profissão de preparador físico, que cresceu 327% durante o mesmo período.
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