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  • Casos de demência triplicarão até 2050

    26/08/2019

     

    Estudo da OMS comprova que melhora no estilo de vida é um dos fatores para evitar a doença

    Em recente alerta para a população, a OMS, Organização Mundial da Saúde, afirmou que os casos de demência irão triplicar em 30 anos. Um dos motivos do levante é o mesmo que já citamos em nosso blog para diversas outras patologias: estilo de vida.

    Em um comunicado para a imprensa, o diretor da OMS Dr. Tedros Ghebreyesus declarou: “As evidências científicas reunidas confirmam o que suspeitamos há algum tempo, que o que é bom para o coração também é bom para o cérebro”. Vários estudos recentes corroboram com esta linha de estudo, constatando uma ligação entre a demência, o desenvolvimento do déficit cognitivo e os riscos ligados ao estilo de vida pouco saudável, como tabagismo, inatividades físicas, consumo nocivo de álcool e dietas alimentares pouco saudáveis. Alguns distúrbios como diabetes, colesterol alto, hipertensão, depressão e obesidade também elevam o risco do problema.

    Entre os fatores de risco para o declínio cognitivo, a idade se mostra como o principal motivo, mas a demência não é necessariamente uma consequência inevitável da terceira idade. Afinal, diversos fatores de risco podem ser alterados com a consciência de um estilo de vida mais saudável.

    O Alzheimer, causa mais comum de demência, é responsável por uma média de 70% dos casos. Problema de saúde pública de rápido crescimento em uma população que envelhece cada vez mais, a demência afeta hoje 50 milhões de pessoas no mundo. E embora não exista cura para grande parte das demências, há opções de prevenção, como treinamento cognitivo, controle de pressão arterial e aumento da atividade física, e tratamento, como intervenções medicamentosas e terapias.

    Segundo as previsões da OMS, 152 milhões de pessoas terão demência até 2050, o que pede a implementação de uma estratégia pública para conscientizar sobre a doença. O problema, que gera altos custos para as famílias, onera também os governos. Em 2015, o custo mundial da demência foi em torno de US$818 bilhões. Para 2030, a expectativa é que o gasto suba para US$2 trilhões.