Idosos com pouca massa muscular tendem a viver menos
Idosos com pouca massa muscular tendem a viver menos

Estudo levanta menor longevidade entre pessoas com com poucos músculos corporais

Você já ouviu falar em Sarcopenia? Este é o nome dado a perda progressiva de massa muscular quando associada ao envelhecimento. De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, a condição chega a afetar 46% dos indivíduos com mais de 80 anos. E, quando associado aos sintomas de osteoporose, a sarcopenia pode aumentar a vulnerabilidade dos idosos, levando a quedas, traumas físicos e fraturas. Pior: diversos estudos mostram que pode levar à morte.

Mas como aumentar a longevidade? De acordo com um estudo feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, manter a musculatura dos braços e pernas é um bom começo.

Após a análise de um grupo de 839 idosos ao longo de quatro anos, os pesquisadores perceberam que o risco de mortalidade naquele período foi 63 vezes maior entre as mulheres com pouca massa muscular apendicular. Já entre os homens que apresentavam baixa porcentagem de músculos nos membros, a chance de mortalidade foi de 11,4 vezes maior.

A análise de dados foi realizada com base em exames de avaliação corporal e questionários sobre dieta, atividade física, incidência de doenças e outros fatores. Na avaliação corporal, foi mensurada a massa muscular apendicular, gordura subcutânea e gordura visceral. Após, foi identificado quais desses fatores poderiam prever a mortalidade nos anos seguintes, e a massa magra dos membros inferiores e superiores foi o que mais destacou na análise.

Ao final dos quatro anos de investigação, 15,8% dos participantes da pesquisa vieram a óbito, com 43,2%, a maior parte, por problemas cardiovasculares. É seguro afirmar que os indivíduos que faleceram faziam menos atividade física, o que auxiliaria a evitar a perda muscular. Não podemos dizer que a pouca musculatura na terceira idade está associada a uma maior propensão a doenças cardiovasculares, mas este é um fator a ser observado.

O questionamento que ficou foi: é possível predizer, com base na composição corporal medida pela densitometria, se a pessoa vai morrer?

Percebeu-se grandes diferenças entre as análises de mulheres e homens. No caso das mulheres, o IMC era mais baixo. Já no caso dos homens, a chance de sofrer quedas predominava. Ao acrescentar essas variáveis no modelo estatístico e ajustá-las para o resultado final, ter-se-ia a indicação de qual fator da composição corporal estaria associada aos risco de morte.

Entre as mulheres, apenas o índice de massa muscular baixo se mostrou significativo. Já entre os homens, a gordura visceral foi um fator relevante, com a chance de óbito duplicada a cada aumento de seis centímetros quadrados na adiposidade abdominal. A curiosidade aqui é que um índice mais alto de gordura subcutânea teve efeito protetor dentre os homens.

O resultado é que outros parâmetros também influenciaram negativamente a mortalidade, reduzindo do ponto de vista estatístico o peso da massa muscular apendicular no homem. Já nas mulheres, a massa muscular se destacou isoladamente e, por isso, teve maior influência.

A boa notícia é que o problema pode ser evitado. Como? Praticando exercícios físicos. Mexa-se!

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